Arquivo Itinerante estará em Colatina/ES no dia 27 de novembro.
Os interessados em conhecer um pouco mais sobre a história dos imigrantes que vieram para o Espírito Santo poderão consultar o banco de dados do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (Apees), neste domingo (27), durante o “Encontro da Família Italiana: Festeggiata 2011”, no clube Itajuby, em Colatina.
A atividade está inserida no Projeto “Imigrantes Espírito Santo”, criado pelo Apees em 1995 para dinamizar e disponibilizar aos descendentes o acesso à informação sobre os seus antepassados. Os dados referem-se a imigrantes provenientes de diversas nacionalidades, como Itália, Alemanha, Espanha e Líbano, que chegaram ao Espírito Santo a partir de 1812.
Arquivo Itinerante
Para a participação em eventos no interior do Estado o Apees dispõe de um veículo adaptado como escritório móvel, no qual a equipe que atua no Projeto “Imigrantes Espírito Santo” realiza o atendimento às comunidades. Após a consulta do sobrenome é emitido o “Registro de Entrada do Imigrante”, que certifica a entrada no país. Este documento traz todos os dados catalogados para cada membro das famílias que colonizaram o Espírito Santo, possibilitando ao descendente conhecer um pouco mais da sua história.
O projeto permite ainda a troca de informações entre os solicitantes e o Apees, pois os familiares que possuem documentos e fotografias dos antepassados podem fornecer cópias do acervo para complementar o banco de dados do Estado e, deste modo, enriquecer e fortalecer a memória da imigração.
A imigração no Espírito Santo
Ao abordar a imigração no Espírito Santo o sociólogo italiano Renzo Grosselli, na obra “Colônias Imperiais na Terra do Café”, afirma que a imigração no Estado ocorreu, primeiramente, como resposta aos problemas de despovoamento da região. Após a abolição da escravatura o fluxo imigratório é intensificado devido à necessidade de mão de obra para as lavouras, principalmente de café.
Segundo o autor, a formação dos primeiros núcleos coloniais ocorreu em 1812, com a fundação do núcleo Santo Agostinho, para onde seguiram algumas dezenas de casais provenientes das Ilhas Açores. Para ele foi a partir de 1847 que surgiram colônias mais significativas para a ocupação de territórios e as manifestações culturais típicas dos países de origem.