Arquivo Itinerante participa da “II Semana da Cultura Italiana” em Santa Teresa
O atendimento será nesta sexta-feira (29), a partir das 14h30 e no sábado (30), às 9 horas, na Casa da Cultura e na Praça Primo Sâncio.
A “II Semana da Cultura Italiana”, no município de Santa Teresa, contará com a participação do “Arquivo Itinerante” do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (Apees). O atendimento será nesta sexta-feira (29), a partir das 14h30 e no sábado (30), às 9 horas. As atividades ocorrerão na Casa da Cultura e na Praça Primo Sâncio.
O objetivo da participação do Arquivo Itinerante é fornecer o “Registro de Entrada do Imigrante”, documento que traz os dados catalogados para cada membro das famílias que colonizaram o Estado, permitindo aos descendentes conhecerem a origem dos seus antepassados. Na programação do evento constam palestras, debates, apresentações escolares e grupos de dança, coral e bandas.
Imigração Italiana
A primeira expedição de italianos para o Espírito Santo foi batizada com o sobrenome do seu idealizador, Pietro Tabacchi. De acordo com o sociólogo Renzo M. Grosselli, no livro “Colônias Imperiais na Terra do Café”, da Coleção Canaã do APEES, Tabacchi era um italiano oriundo de Trento que já se encontrava na Província desde o início da década de 1850. Ao observar o interesse do País pela mão de obra europeia, ele decidiu oferecer terras para os imigrantes em troca do direito de derrubar 3,5 mil jacarandás para exportação.
Após um longo período de negociação, o Ministério da Agricultura autorizou o contrato com Tabacchi, que por sua vez enviou emissários ao Trentino (Tirol Italiano), à época sob o domínio austríaco, para capitanear famílias. Assim, no dia 3 de janeiro, às 15 horas, partia do porto de Gênova a embarcação “La Sofia”, com 388 camponeses. Em 01 de março, começou a viagem até o porto de Santa Cruz, em direção à propriedade de Tabacchi.
Foi a primeira viagem em massa de imigrantes da Itália para o Espírito Santo. Porém, os colonos logo perceberam que foram enganados por falsas promessas. Não existiam as terras preparadas e a situação nos alojamentos era caótica. Por outro lado, eles obtiveram informações sobre as colônias oficiais, nas quais teriam melhores condições de trabalho e a oportunidade de serem donos dos seus lotes.
Projeto “Imigrantes Espírito Santo”
Em 1995 o Apees criou o Projeto “Imigrantes Espírito Santo”, que utiliza o método de cruzamento de dados entre as diversas fontes disponíveis para cada imigrante. Atualmente são 56.106 nomes catalogados, sendo 38.514 italianos, permitindo aos descendentes conhecerem um pouco mais sobre a história dos seus antepassados. A pesquisa sobre cada família também pode ser feita no site www.imigrantes.es.gov.br.
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