07/02/2023 16h42 - Atualizado em 08/02/2023 11h16

Arquivo Público abre Mostra ‘Abre-alas do Carnaval Capixaba’

A exposição traz diferentes documentos e figurinos que mostram aspectos e características do Carnaval capixaba.

 

O Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES) abre, nesta terça-feira (07), a Mostra “Abre-Alas do Carnaval Capixaba”. Por meio do acervo que será exposto, os visitantes poderão conhecer um pouco mais das características dos carnavais que agitavam e envolviam os capixabas nos desfiles, na produção das fantasias e nas serpentinas dos salões. A mostra permanecerá aberta até o dia 03 de março e pode ser visitada das 10h às 17h.

 Na exposição, os visitantes poderão conhecer diversos documentos históricos, como revistas, fotografias, cartazes, registros de licenças do século XIX, além de discos de vinis, CD´s e fantasias. A Mostra “Abre-Alas do Carnaval Capixaba” é composta tanto pelo acervo institucional quanto por figurinos, adereços e arquivos audiovisuais cedidos pelos colaboradores Antônio Carlos Pereira, Stael Magesck e pelos servidores do APEES Ivana de Araújo e Sérgio Dias.

   

Carnaval Capixaba

 

No dia 10 de fevereiro de 1864, o jornal "Correio da Victoria", o primeiro com circulação periódica no Espírito Santo, trouxe a seguinte notícia: "Aplaudiu-se nos dias 7, 8 e 9, os festejos carnavalescos, como era de esperar da bela rapaziada, percorrendo as ruas grande número de máscaras". Trata-se de uma das primeiras menções documentadas sobre o carnaval na cidade de Vitória.

Anselmo Gonçalves, no livro "Carnaval Cem Anos", utiliza da memória dos moradores para relatar a beleza e a animação dos carnavais capixabas. No final do século XIX, as comemorações ocorriam no Centro de Vitória, com destaque para a Rua do Rosário e à Sete de Setembro. Nesses espaços, ficavam também as vendas cheias de novidades para os foliões se arrumarem para a festa.

 

Dois principais clubes animavam a Capital, o Indiano e o salão da Rua da Alfândega, que, conforme diz, "com capacidade para 200 pessoas e exigências de fantasias de dominó, pierrot, príncipes, marinheiros e a banda Caramurú, disputavam a frequência dos carnavalescos". No início do século XX, os confetes vieram somar à ornamentação e trouxeram um novo colorido às festividades. Além deles, os gramafones, discos e rádios também tiveram influência na transformação dos festejos.

 

Quanto aos primeiros desfiles das escolas de samba, o autor ressalta que “no princípio era assim: o grande ‘pega’ do pé do morro entre as batucadas ‘Chapéu de Lado’ e ‘Mocidade da Fonte Grande’, gerou profunda consternação entre os membros das duas agremiações adversárias e o bairro envolto na inquietação”. Iniciou-se a ideia, após diversas e sérias divergências, de se promover a união entre os batuqueiros. Sendo assim, escreveu Anselmo Gonçalves na obra: “no primeiro dia do carnaval de 1955, a escola de samba ‘Unidos da Piedade’ descia o morro acompanhada de uma multidão de adeptos. Estava nascendo uma nova era no carnaval capixaba”.  

 

Parte desta e de outras histórias referentes ao surgimento e ao desenrolar do Carnaval no Espírito Santo, com suas mudanças, cores, brilhos, registros documentais e adereços, podem ser apreciadas na Mostra “Abre-las do carnaval capixaba”. Instituições de ensino que desejarem realizar visitas guiadas à exposição podem fazer o agendamento por meio do e-mail coaten@ape.es.gov.br.

  


Informações à Imprensa:

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Jória Motta Scolforo

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