Artista é o próximo convidado do módulo II: 'O deslocamento na construção poética’, que vai acontecer nesta quarta-feira (09).

Com um trabalho que utiliza tecidos, celulose, resina, pigmentos, papéis, metais e uma outra variedade de materiais e significados, o artista Hilal Sami Hilal será o próximo convidado do Módulo II: “O deslocamento na construção poética”, encontro que integra o Programa de Pesquisa e Formação da Galeria Homero Massena, nesta quarta-feira (09), às 19 horas, no Palácio da Cultura Sônia Cabral, em Vitória. A entrada é franca.

Na apresentação, o artista capixaba de família síria irá bater um papo com o público sobre as influências desta genealogia no seu processo criativo de deslocamento e identidade. Indo ao encontro às questões apresentadas pela exposição “Distâncias do Sentir” de Khalil Rodor, em exibição na Galeria Homero Massena. A pesquisa de Khalil tenta traçar a genealogia de sua família síria, os percursos, os trânsitos, os territórios, as memórias e as narrativas atribuídas a elas.

Em seu trabalho, Hilal utiliza roupas e adereços que contêm uma história pessoal e familiar, história essa imediatamente incorporada entre suas rendas, até o retalhamento do metal, retirando seu peso, solidez e dureza. Ele transforma o material em brocados leves, joias etéreas e relíquias de um manto real. A magia de seu trabalho não está na construção, mas sim na ausência, nos vãos que se formam entre as matérias; e assim poderíamos dizer, nos vãos da memória, da identidade e do território. Territórios estes expandidos em seus mapas que parecem indicar o percurso secreto de algum tesouro de antigas escrituras.

Sobre o artista

  Multimídia e multifacetado, Hilal Sami Hilal começou seu curso de Artes Plásticas nos anos 70 na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Em Minas Gerais, nos Festivais de Inverno de Ouro Preto de 1973 estudou gravura em metal. Em 1977, um ano depois de se formar, começou a dar aulas na universidade e a pesquisar o papel artesanal.

Em 1981, no Festival de Inverno de Diamantina, em Minas Gerais, estudou as artes da fibra, e viajou ao Japão para se aperfeiçoar na técnica do papel. Em 1984, participou do 15º Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), e da mostra Papéis do Papel, na Fundação Nacional de Arte - Funarte, no Rio de Janeiro.

Dois anos depois, teve sua primeira individual na Galeria Usina, em Vitória. Em 1996, deixou as salas de aulas para dedicar-se apenas à sua produção artística e tomou parte da Mostra Brasil: Papel Feito à Mão, no Equador. No ano seguinte, apresentou seu trabalho no 25º Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP, e em coletivas na Índia e no Líbano. O trabalho tomou, então, a forma de um rendilhado, que foi apresentado na Alemanha, nos Estados Unidos, na Espanha e na França. Em 2002, recebeu o prêmio do júri na 8ª Bienal Paper Art, Turbulenzen in Papier, em Düren, Alemanha. Em 2007, faz no Museu Vale, em Vitória, uma grande individual que depois é apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ e no Sesc Pompeia. Também em 2007, participa da coletiva Radical Lace & Subversive Knitting, no Museum of Arts and Crafts, de Nova York.

Módulo II: “O deslocamento na construção poética”

A ação faz parte do projeto de pesquisa Processo II: “Criação Crítica Mediação”, proposto pela Galeria Homero Massena para o cronograma 2019 e pretende acompanhar o calendário de exibições. Com objetivo garantir acesso, informação e a formação da população à arte, em especial à arte contemporânea.

O projeto é coordenado pela professora Rízzia Rocha e pelo coordenador de Artes Visuais da Galeria Homero Massena, Nicolas Soares.

Serviço:
Módulo II: “O deslocamento na construção poética”, com artista convidado Hilal Sami Hilal
Dia: 09 de outubro, às 20 horas
Local: Palácio da Cultura Sônia Cabral, Centro de Vitória
Informações: 3132-8395
Entrada franca.

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