Palácio Anchieta recebe a exposição ‘Memórias do Futuro’, com itens do acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Com uma série de itens históricos, além de trabalhos de quatro artistas contemporâneos do Espírito Santo, a exposição “Memórias do Futuro – Um olhar sobre a coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro” foi aberta nesta quinta-feira (13), no Palácio Anchieta, em Vitória. A entrada é gratuita, e o público tem até o dia 18 de junho para visitar a mostra.
Com curadoria de Marco Lucchesi, “Memórias do Futuro – Um olhar sobre a coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro” é uma exposição original: em 11 espaços, exibe um panorama extenso da história do país com mapas, documentos e objetos históricos, alguns nunca exibidos ao público. É um recorte histórico que instiga os visitantes a se reconhecerem, a partir de suas próprias memórias e descobertas.
A mostra está dividida em 11 dispositivos, que se constroem num princípio geral e não histórico de sucessão e causa, seguindo uma distribuição espacial estética: “A Terra-Mãe”; “O Batismo das Coisas”; “A Invenção do Brasil”; “O Livro da Memória”; “Nação Feita de Nações”; “Negra Liberdade”; “República de Etnias”; “Conflito: Motor da História”; “A Democracia e Seus Inimigos”; “A Esperança é Matéria da História”; e “A Diversidade Salvará o Brasil”.
Na montagem, o acervo dialoga com a arte contemporânea de quatro artistas do Espírito Santo, que criaram obras inéditas para a exposição. A mostra ocupa o espaço expositivo do Palácio Anchieta até o dia 18 de junho, com visitas gratuitas.
O secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, afirma que o conteúdo da exposição oferece uma dimensão da complexidade do imenso território que é o Brasil, com sua rica diversidade cultural. E, ainda que seja apenas um recorte histórico, ela representa um modo de mapear o tempo para que novos rumos sejam possíveis, encontrando direções que apontem para futuros mais justos e igualitários.
“A exposição ‘Memórias do Futuro’ torna acessíveis ao público documentos e obras fundamentais para o entendimento da formação do Brasil e da importância da preservação da memória, na relação entre passado, presente e futuro. São quase dois séculos de uma história que reverbera as transformações políticas, sociais e culturais brasileiras”, acrescenta.
Convidados por Ronaldo Barbosa, diretor do Museu Vale e curador de arte contemporânea, os artistas contemporâneos Andreia Falqueto, Jocimar Nalesso, Juliana Pessoa e Luciano Feijão enriquecem o olhar sobre a exposição, com a construção de novas narrativas em suas obras inéditas – pensadas exclusivamente para a mostra.
“Trazer quatro artistas capixabas contemporâneos para uma imersão e produzirem suas obras em paralelo ao preparo dos ambientes para a montagem da exposição, entre os sons do cotidiano, trabalho executivo e o silêncio palaciano à noite, foi uma experiência rica e interessante do ponto de vista da criação. Nesse processo de trabalho conjunto, surgiram quatro novas e instigantes obras de temáticas e técnicas distintas, criando um diálogo atual com os itens da coleção do IHGB”, afirma Ronaldo Barbosa.
“Memórias do Futuro” é uma iniciativa do Instituto Cultural Vale e Museu Vale, em parceria com a Secretaria da Cultura e o Governo do Espírito Santo, com patrocínio da Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Os artistas convidados
Andreia Falqueto, pintora, apresenta o universo dos manguezais de Vitória, tendo em primeiro plano um homem, brasileiro típico, catador de caranguejo, cujo rosto expressivo nos faz refletir sobre sua história. Ela trabalha no ritmo seguro de pinceladas multicoloridas e cheias de luz, percepções e sutilezas da cena urbana.
Luciano Feijão, artista de desenho forte e expressivo, faz o contraponto da mostra com o seu tema focal, a diáspora africana. Em “Memórias do Futuro”, ele recria a si mesmo de corpo e alma, numa espécie de ritual de força, magia e energia, trazendo em grande escala o seu gestual imbuído de consciência e liberdade.
Juliana Pessoa desenha e representa figuras que sempre estão chegando ou saindo. São pessoas comuns que viveram a vida. A artista traz para a exposição uma personagem que poderia pertencer ao acervo do IHGB, Dona Josefa, herdeira de Canudos, carregando no rosto as marcas da sua própria história.
Jocimar Nalesso pinta dialogando com a perspectiva renascentista, um ambiente de escadas que nos levam a um lugar escondido. Portas que se fundem e se aprofundam numa pintura calma com os azuis da arquitetura vernacular das regiões montanhosas do Espírito Santo. Sua obra participa do espaço desde o corredor de entrada do ambiente.
Serviço:
Exposição “Memórias do Futuro – Um olhar sobre a coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro”
Quando: de 13 de abril a 18 de junho
Local: Palácio Anchieta, Praça João Clímaco, Centro de Vitória
Horário: terça-feira a sexta-feira, das 8h às 18h (início da última sessão às 17h), e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h (início da última sessão às 15h)
Entrada gratuita
Grupos escolares: (27) 3636-1031 e 3636-1032
Classificação livre
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