Raiar da Liberdade, em Cachoeiro de Itapemirim, celebra abolição da escravatura
Distrito de Monte Alegre recebe comunidades quilombolas de todo o Estado.
Uma das tradicionais celebrações da liberdade e da identidade negra no Espírito Santo, a festa Raiar da Liberdade acontece na próxima segunda (13), às 18h, na Comunidade Quilombola de Monte Alegre, em Cachoeiro de Itapemirim.
Na ocasião, os jovens da comunidade apresentam o caxambu e interagem com outros grupos convidados de todo o Estado, como os de jongo, folias de reis, charola e bate flechas de São Sebastião. A mestra Maria Laurinda, do grupo Caxambu Santa Cruz, de Monte Alegre, é presença confirmada.
O evento integra o projeto “O som de Monte Alegre”, que tem como objetivo principal estimular a transmissão dos conhecimentos quilombolas tradicionais às crianças e aos adolescentes na região. O projeto foi contemplado pelo Funcultura, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), por meio do Edital 13/2017 – Seleção de Projetos Culturais de Educação Patrimonial no Estado do Espírito Santo.
Canto da Liberdade
O evento resgata a riqueza das danças, do artesanato e da gastronomia do povo escravizado e tem como temática “O Canto da Liberdade”. A atividade relembra a luta do povo negro pelo fim da escravidão no Brasil, que aconteceu oficialmente no dia 13 de maio de 1888, por ocasião da Assinatura da Lei Áurea.
O grupo “Santa Cruz”
O grupo “Caxambu Santa Cruz”, de Monte Alegre, tem 131 anos de fundação, está em atividade até os dias de hoje e é certificado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Imaterial do Brasil. É liderado há mais de 50 anos pela mestra Maria Laurinda Adão e conta com a participação de vários moradores da comunidade.
Manifestação cultural
O caxambu, o jongo e a folia de reis são expressões culturais praticadas nos quintais das periferias urbanas e em algumas comunidades rurais do sudeste brasileiro. Acontece nas festas de santos católicos e divindades afro-brasileiras, nas festas juninas, nas festas do Divino, no 13 de maio da abolição da escravatura.
O caxambu e o jongo, em especial, são uma forma de louvação aos antepassados, consolidação de tradições e afirmação de identidades. Tem suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, principalmente os de língua bantu.
São sugestivos dessas origens o profundo respeito aos ancestrais, a valorização dos enigmas cantados e o elemento coreográfico da umbigada.
Serviço:
Raiar da Liberdade - Projeto “O som de Monte Alegre”
Data: segunda, 13 de maio, Horário: 18h.
Como chegar: Seguir pela BR482 (sentido Cachoeiro x Alegre) e virar à direita no trevo de Burarama. Após a sede do Incaper, virar à direita e seguir por mais 8 km de estrada não pavimentada (que passa por dentro da Floresta Nacional de Pacotuba) até a comunidade de Monte Alegre.
Entrada franca.
Mais informações:
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Tel.: (27) 99915-2453 – Genildo Coelho Hautequestt Filho
Informações à Imprensa:
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